Espeleologia
(do latim spelaeum, do grego σπήλαιον, "caverna", da
mesma raiz da palavra "espelunca") é a ciência que
estuda as cavidades naturais e outros
fenómenos cársticos, nas vertentes da
sua formação, constituição, características físicas, formas de vida, e sua evolução ao longo do tempo.
A geologia,
geografia, hidrologia, biologia (bioespeleologia), climatologia, arqueologia e Química são algumas das ciências que
contribuem para o conhecimento espeleológico. Os estudos espeleológicos
apoiam-se frequentemente em levantamentos topográficos. A simples exploração ou
visita das cavernas está por vezes associada à espeleologia, embora não se deva
confundir com esta ciência.
Bem vindo à Sociedade Brasileira
de Espeleologia, uma associação sem fins lucrativos, que congrega interessados
na exploração, pesquisa e preservação de cavernas, assim como em todas as
ciências e atividades correlatas ao meio ambiente.
Fundada em 1969, a SBE incentiva,
organiza e difunde todas as atividades relacionadas à espeleologia, seja no
campo esportivo, social ou científico. Nosso site é http://www.sbe.com.br/
.
Definição
Espeleologia,
ou Caving, é uma mistura entre ciência e esporte de ação. A atividade une a
exploração de cavernas, sua pesquisa, documentação e conservação, com as
técnicas usadas para seu estudo - mergulho e rapel, entre outros.
A
diferença entre Espeleologia e Caving é que o primeiro é mais voltado para a
área científica, em que inúmeros profissionais (biólogos, geólogos,
engenheiros, químicos etc) desenvolvem pesquisas e aprofundam seus estudos. Já
o segundo está mais direcionado para a área técnico-esportiva, sendo uma
mutação da área científica e buscando prospecção e exploração de cavernas
através de documentação, fotografia e logística.
Em
qualquer um dos casos, os praticantes dessa atividade devem estar dispostos a
transpor difíceis obstáculos no escuro, realizar subidas e descidas através de
cordas, atravessar pequenos - ou grandes - lagos, e se encontrar com o
desconhecido (nunca se sabe exatamente o que aguarda no interior de uma
caverna). Mas o ponto principal é ter consciência ecológica e querer conhecer
mais sobre a formação e o desenvolvimento das cavernas, assim como sua delicada
e exuberante fauna e flora.
Características
O
termo espeleologia deriva do grego “spelaion” (caverna) e “logos” (estudo).
Assim, espeleologia é o estudo das cavernas, e envolve áreas como geologia,
geografia, arqueologia, biologia e antropologia. Porém, para realizar esse
estudo é preciso explorar a caverna utilizando técnicas como rapel e mergulho -
ambos conhecidos esportes de aventura. Por isso a atividade atrai não só
cientistas, mas também aventureiros em busca do desconhecido.
O
Brasil possui um excelente campo para a Espeleologia: são mais de 2.500
cavernas cadastradas. Pode parecer muito, mas esse número representa pouco mais
de 5% de todas as cavernas brasileiras (95% ainda esperam ser descobertas e
documentadas).
Além
de possuir inúmeras cavernas, o país também possui uma espeleologia bastante
organizada, com mais de 1.200 sócios na Sociedade Brasileira de Espeleologia
(SBE). Além disso, o Ibama criou um departamento que cuida exclusivamente dos
assuntos espeleológicos, o CECAV, que vem trabalhando conjuntamente com a SBE.
História
A
história da Espeleologia remonta a origem do homem, que em tempos
pré-históricos usavam-nas como abrigo. Os achados mais antigos da presença do
homem nas cavernas datam de 450 mil anos atrás. Entre 350.000 a.C. e 10.000
a.C.surgem as primeiras pinturas rupestres, ilustrando principalmente cenas
domésticas e de caça. Com o final das eras glaciais, o homem acaba deixando as cavernas
para se instalar nos campos. Nesta época as cavernas passam a ser usadas como
armazéns, lugares de culto ou túmulos.
Na
Idade Média as cavernas passam a ser consideradas abrigo do demônio e lugares
malditos. Essa visão só muda a partir da segunda metade do século XIX, quando
as cavidades naturais voltam a ser alvo de visitas e explorações – o que é
aumentado devido à busca do salitre para a fabricação de pólvora.
Somente
no início do século XX o homem passou a tratar a exploração das cavernas como uma
ciência. O primeiro a encarar a caverna como um objeto científico foi o francês
E. A Martel, conhecido mais tarde como o "pai da espeleologia". Seus
trabalhos sobre as cavernas abriram um novo caminho para os pesquisadores e
aventureiros do passado.
No
Brasil, as pesquisas do naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund abriram as
portas da espeleologia em 1835, com a exploração das cavernas na região de
Lagoa Santa e Curvelo. Apesar de seus trabalhos serem voltados para a
paleontologia, suas descrições e mapas permitiram atribuir um caráter
espeleológico às suas atividades.
Nos
últimos 30 anos, a Espeleologia se transformou numa atividade de grupo e
começou a atrair jovens desbravadores e aventureiros. Mas a atividade ainda
enfatiza a ciência e a ecologia.
Equipamentos
Cabo
solteiro para auto-segurança: corda dinâmica de 3,5m - 9,5mm;
utilizada para segurança durante escaladas.
Calçado: botas
de neoprene com solado reforçado ou botas resistentes a água, que não só
protegem das pedras e da umidade, mas também evitam escorregões e deslizes,
facilitando o deslocamento dentro da caverna.
Capacete: equipamento
de uso obrigatório, sua função básica é proteger de pedras soltas que podem
cair acidentalmente na cabeça do escalador.
Carbureteira: recipiente
que produz o acetileno a partir de pedras de carbureto em reação com a água
controlada, utilizada para iluminação.
Cinto,
cadeirinha e peitoral: serve basicamente para sustentar o atleta
durante a escalada.
Corda
do tipo estática: pode servir como sustentação em escaladas.
Fitas: tiras
de material sintético unidas de modo a formar um anel, de grande resistência.
As fitas são cortadas em diferentes tamanhos, de acordo com sua finalidade, e
podem ser usadas para segurança, fixação e ancoragem.
Freios: peças
metálicas de diferentes tipos (oito, magnone, ATC, stop), com a função de
controlar a descida do escalador na corda, ao final de uma escalada utilizando
técnicas verticais.
Kit
de grampeação: martelo, batedor, plaquetas, spits de 8mm. Usado
para fixar os grampos e possibilitas a escalada.
Lanterna
à prova d'água: para iluminar o caminho, já que o ambiente das
cavernas é escuro e úmido.
Luvas
de neoprene: para proteger as mãos durante o deslocamento.
Mochila
estanque ou vazada: para carregar o equipamento.
Mosquetão: peça
metálica em formato de elo com uma parte móvel (lingüeta) que se fecha com a
ação de uma mola interna. São fabricados em vários formatos, cada um com uma
aplicação específica.
Roupa
de neoprene ou macacão: além de ajudar na mobilidade, protege do
atrito com as pedras e também do frio de algumas cavernas.
Outros
acessórios indispensáveis para a prática: roldanas, proteções de corda,
cordeletes 6mm, malhas rápidas P15, head lamp, manta de sobrevivência, kit de
primeiros socorros, apito FOX 40; canivete e proteção para mapas.
Onde praticar
O Brasil
abriga algumas das maiores e mais belas cavernas conhecidas em todo o mundo,
com mais de 2.500 cadastradas pela SBE. Um dos locais mais procurados para a
prática do Caving é o PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) em São
Paulo, com mais de 300 cavernas. Bonito, no Mato Grosso do Sul, além de Gruta
do Tamboril em Unaí (MG), Poço Encantado em Lençóis (BA), Chapada Diamantina
(BA) são excelentes escolhas. Fora esses locais, todos os estados brasileiros
possuem interessantes cavernas que permitem a exploração.
Escolas
Cavernas
são ambientes delicados e muito perigosos. Não se deve se aventurar por elas
sem a companhia de um guia experiente e sem equipamentos de segurança e de
iluminação adequados. A melhor maneira de começar é procurando um grupo de
espeleologia e aprender com os mais experientes. Algumas sociedades de
espeleologia, assim como algumas universidades brasileiras, oferecem cursos e
palestras sobre a atividade. Para se informar, o melhor caminho é a Sociedade
Brasileira de Espeleologia (SBE), organismo não-governamental que congrega os grupos
dedicados à pesquisa, exploração e proteção das grutas e abismos no país. O
endereço é: www.sbe.com.br.
Campeonatos
Não
existem campeonatos de Espeleologia, já que o objetivo da atividade é ecológico
e científico, e não competitivo.
Links
· União
Paulista de Espeleologia - - www.upecave.com.br
· 360
Graus – www.360graus.com.br/caving
· Cavers
Digest (lista internacional de discussão) - http://www.caversdigest.com/
· Caves of
the World (banco de dados de cavernas do mundo) - http://www-sop.inria.fr/agos-sophia/sis/DB/countries.html
· CECAV - http://www.ibama.gov.br/atuacao/espel/espel.htm
· GGEO - Grupo
da GEO de Espeleologia – www.igc.usp.br/ggeo
· GPME - Grupo
Pierre Martin de Espeleologia – www.gpme.org.br
· IBAMA – www.ibama.gov.br
· Ministério
do Meio Ambiente – www.mma.gov.br
· PETAR - http://www.geocities.com/Yosemite/Trails/7630
· SEE -
Sociedade Excursionista e Espeleológica -http://www.degeo.ufop.br/SEE/index.htm
· UIS -
União Internacional de Espeleologia -http://rubens.its.unimelb.edu.au/%7Epgm/uis/index.html
· UNB - http://www.unb.br/
· SpeleoLink
Page (busca em espeleologia) -http://hum.amu.edu.pl/%7Esgp/spec/links.html
· SBE - Sociedade Brasileira de Espeleologia
- www.sbe.com.br
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